sábado, 18 de abril de 2009

Oito Princípios de Orientação sobre a Conservação de Edificações Históricas

Foto: Ucanha, Tarouca
+ 18 de Abril - Dia internacional dos Monumentos e Sítios + Os seguintes princípios de orientação são declarações governamentais sobre a conservação das edificações históricas e baseiam-se nas cartas internacionais que foram estabelecidas durante o século passado. Estes princípios proporcionam uma base para a tomada de decisões respeitantes à boa prática na arquitectura de conservação, como em todo o mundo. Estes princípios explicam o “porquê” de todas as actividades de conservação e aplicam-se a todas as edificações do património e às suas envolventes.
+ 1. RESPEITO PELAS EVIDÊNCIAS DOCUMENTADAS : Não se deve basear o restauro em conjecturas. O trabalho de conservação deve ser baseado em documentação histórica, tal como fotografias históricas, desenhos ou evidências físicas. 2. RESPEITO PELA LOCALIZAÇÃO ORIGINAL : Os edifícios não devem ser movidos, a menos que não haja outro meio para os salvar. A localização é uma componente integrante de um edifício. A mudança de localização diminui consideravelmente o seu valor patrimonial. 3. RESPEITO PELO MATERIAL HISTÓRICO: Reparação / conservação – são preferíveis à substituição dos materiais de construção, excepto onde absolutamente necessária. Uma intervenção mínima mantém o conteúdo histórico do recurso. 4. RESPEITO PELA FÁBRICA ORIGINAL : Reparar com materiais idênticos. Reparar para reverter o recurso à sua condição anterior, sem lhe alterar a sua integridade. 5. RESPEITO PELA HISTÓRIA DOS EDIFÍCIOS : Não restaurar de acordo com um período, à custa de outro período. Não destruir as adições tardias de uma casa, para a repor em conformidade apenas com um só período. 6. REVERSIBILIDADE : As alterações devem estar aptas a serem revertidas às condições originais. Isto conserva as concepções e as técnicas construtivas originais. Por exemplo, quando um novo vão de porta é aberto numa parede de pedra, as pedras originais devem ser numeradas e armazenadas, permitindo um restauro posterior. 7. LEGIBILIDADE : O trabalho novo deve ser distinguível do antigo. As edificações devem ser reconhecidas como produtos do seu tempo, e as novas adições não devem confundir a distinção entre o novo e o velho. 8. MANUTENÇÃO : Com cuidados contínuos, não será necessário um restauro no futuro. Com uma manutenção corrente, podem ser evitados os grandes trabalhos de conservação e os seus elevados custos.
+ Para mais informações, por favor, ligar para a Heritage Properties Unit pelo número (416) 314-7137 (do Canadá). Esta publicação não está pendente de direitos de Autor e pode ser reproduzida sem penalidades. Agradece-se a aplicação dos normais procedimentos de crédito de autoria ,e relativamente ao Ministry of Citizenship, Culture and Recreation.
Tradução por António de Borja Araújo, eng.º civil I.S.T. 4 de Junho de 2003
Tradução obtida aqui

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