domingo, 28 de setembro de 2008

Janela em Vila Seca de Poiares

Foto: Vila Seca de Poiares, Régua
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Em Vila Seca de Poiares, Concelho da Régua, são muitas as casas que usam o xisto como material de construção. A qualidade do xisto aí existente permite que também ele seja aplicado nos cunhais e molduras de portas e janelas, coisa rara na região, onde normalmente para esse fim se usa o granito. A janela da imagem, bela imagem, ilustra o acima exposto. Se não fosse a presença dissonante da caleira, seria esta uma das minhas mais belas imagens D’Ouro.
Rafael Carvalho / Set2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Enigmática inscrição

Foto: Vila Seca de Poiares, Régua. A inscrição que as imagens ilustram encontra-se sobre uma porta localizada em Vila Seca de Poiares, concelho do Peso da Régua. Alguém me ajuda a decifrá-la?
Rafael Carvalho / Set2008

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Património Perdido III - Aldeias

Foto: Aldeia de Cima, Armamar + · Andar em tabique sobre o rés-do-chão em pedra - granito no caso; · Varanda saliente, recoberta pelo normal telhado da casa, outrora assente nos barrotes do primeiro piso; · Janelas, portas e molduras em madeira garridamente pintadas, dizem que para afastar as más influências. Paredes do primeiro andar em contacto directo com o exterior revestidas a ardósia, para maior impermeabilização; · Rés-do-chão (armazém e lagar) com poucas aberturas.
Fica assim apresentado mais um espécime genuíno da arquitectura vernácula alto-duriense. “Património perdido” no título porque efectivamente o edifício que surge nas imagens foi recentemente demolido. Com a sua demolição varreram-se os saberes ancestrais que presidiram à sua construção. Infelizmente ainda se privilegia a demolição em detrimento da reconstrução. Fica contudo para a memória o registo destas fotografias, como outras que infelizmente aqui tenho apresentado.
Rafael Carvalho, Set2008

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Quinta do Sena - Lamego

Foto: Quinta do Sena, Lamego. O quelho da figura, calcetado com blocos irregulares de granito, vulgo rachão, dá acesso à Quinta do Sena, complexo agrícola de que fazem parte as construções da imagem. O muro em xisto, visível no lado esquerdo da gravura, suporta uma oliveira que ajuda a emoldurar este quadro. As construções da quinta, como manda a tradição, encontram-se à face do caminho, poupando desta forma algumas dezenas de metros ao muro que a contorna. Caiadas, as paredes já terão sido de um branco imaculado. A transição entre a parede e o caminho é feita através de um agradável rodapé em tons de cinza caiado. Como curiosidade, repare-se como o tubo da caleira mais próxima do observador interrompe o seu percurso, levando a água ao interior do edifício, onde certamente uma cisterna a armazenará. Grande pecado seria esquecer-me do espécime que ao fundo se avista. Sobre o pesado R/C em xisto rebocado, surge o leve andar em tabique, revestido por chapas de zinco. A acentuada cor, vermelho-ferrugem, contribui para a harmoniosa policromia do conjunto. Um dos portões de acesso ao interior da quinta, não visível nesta fotografia, ostenta as iniciais do nome do seu proprietário (QS). O ano de construção, também aí inscrito, faz-nos remontar ao ano de 1954, início da segunda metade do século XX. Apesar do abandono a que o conjunto arquitectónico da imagem está sujeito, não deixa de ser belo… …Imagine-se então se fosse recuperado!
Rafael Carvalho / Jun2008

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Requalificação do Centro Histórico de Beja

Foto: Castelo de Beja – imagem obtida aqui + Transcrevo do Jornal "Público", de 17 de Junho, uma notícia representativa de um exemplo de boas práticas relativas à salvaguarda do património, praticado desta feita pela Câmara Municipal de Beja. Que este exemplo se multiplique de Norte a Sul do país. +
«Beja vai gastar dez milhões para requalificar centro histórico» Carlos Dias
"É uma das primeiras acções de um projecto que tem por objectivo regenerar e requalificar o segundo centro urbano mais populoso do Alentejo Não é uma iniciativa inédita, mas há vários anos que o município de Beja suporta do ponto de vista financeiro as propostas dos proprietários de edifícios localizados no centro histórico que pretendam restaurar ou trocar portas e janelas. Os apoios estendem-se a propostas que proponham a recuperação de chaminés, pátios, miradouros, pela salvaguarda de uma área da cidade onde prevalece um vasto património arquitectónico e histórico.Uma vez que se trata do segundo centro urbano mais populoso do Alentejo, impunha-se a criação do Programa de Recuperação de Pormenores Notáveis no Centro Histórico de Beja, para tentar consciencializar os moradores da inconveniência estética que resulta do uso de materiais plásticos e alumínios em portas e janelas. O novo programa persegue o regresso às portas e janelas de madeira, material tradicional nas casas alentejanas. A responsável pela Divisão da Administração Urbanística do Município, Ana Maria Ramôa, explica que o subsídio que é entregue aos proprietários das casas localizadas no centro histórico da cidade "não se resume à comparticipação de uma parte dos custos, mas antes ao valor integral da porta ou da janela nova". O valor máximo dos encargos a atribuir para uma troca de janela é de 374 euros, enquanto a substituição de uma porta pode chegar aos 748 euros. Esta iniciativa representa como que o arranque de um projecto mais vasto que a autarquia vai candidatar aos fundos comunitários, para financiamento de uma acção mais profunda que vai implicar um investimento, até 2013, de 9,6 milhões de euros, e que arranca com a requalificação e regeneração do bairro da Mouraria da cidade de Beja, onde grande parte das velhas casas está desocupada e não apresenta condições de habitabilidade em função das exigências actuais. A solução encontrada passa pela junção de lotes que permitam a ampliação dos espaços residenciais, mas sem modificar a sua volumetria ou as características arquitectónicas. As novas habitações vão ser ocupadas por estudantes do programa Erasmus, estudantes de arte recém-formados que terão ao seu dispor ateliers de trabalho que serão extensivos a técnicos e especialistas que procurem a cidade de Beja para viver. Também os deficientes que estejam em condições de vida autónoma, vão ter acesso a uma área residencial com 12 fogos."

sábado, 13 de setembro de 2008

«Arquitectura Popular Portuguesa» em Selo -8/20

Casa Minhota – Selo 8 de 20 + A Arquitectura Popular está directamente ligada ao meio ambiente e assim, também em Portugal, de região para região se podem apontar características arquitectónicas específicas.
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Desenhado por José Luís Tinoco, este selo posto a circular a 10 de Março de 1986 retrata uma CASA MINHOTA. Embora de arquitectura simples, tem um aspecto solarengo onde se enquadram as necessidades ditadas pela Agricultura. É uma casa funcional e alegre.
Rafael Carvalho / Set2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Bandeira

Foto: Óbidos Coincidência ou não, lá calhou que a transição entre as duas caiadas cores trespassasse a argola da besta. + Resultado: sem ofensa para a nação, a bandeira nacional!
Rafael Carvalho / Ago2008

domingo, 7 de setembro de 2008

Calçada portuguesa? Concerteza!

Foto: Tomar + Foto: Óbidos + Foto – Sítio, Nazaré + Foto: Loulé Foto obtida aqui
+ Calçada: “s. f. caminho ou rua com pavimentação de pedra” - in Dicionário de Língua Portuguesa; 5ª Edição - Porto Editora. +
Não sendo propriamente um simples amontoado de pedras, cada calçada tem uma história para contar. Irregular ou em cubos perfeitos, de grande ou pequena dimensão, a calçada pode por vezes conter desenhos embutidos de cariz puramente geométrico ou não. Não existem duas calçadas iguais. Desde logo também porque a habilidade do artista nem sempre é a mesma. Outra razão para a grande diversidade de calçadas está na origem da própria matéria-prima: granito, sienito, calcário (cristalino ou não), basalto… Quando usa materiais locais a calçada reforça a identidade regional.
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Rafael Carvalho / Set2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Aldraba Anil

Foto: Óbidos Referida na minha última mensagem, a “proximidade do Mediterrâneo” torna-se mais evidente ao contemplar esta electrizante aldraba anil.
Rafael Carvalho / Set2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Recanto em Óbidos

Foto: Óbidos Ainda no rescaldo das férias, mais uma imagem de Óbidos, verdadeiro nicho da arquitectura popular estremenha. Do autêntico labirinto de quelhos, destaco com esta imagem uma das suas variadas vielas. O cenário lembra-me a relativa proximidade do mediterrâneo. Lembra-me ainda as influências mouriscas que a passagem dos séculos não apagou, nomeadamente ao nível da arquitectura e da gestão do espaço urbano.
Rafael Carvalho / Set2008