sábado, 21 de março de 2009

Majestosos Medronheiros

Para comemorar o dia da árvore exponho as duas fotografias seguintes, capturadas em Maio de 2006 em Aldeia-de-Cima, concelho de Armamar.
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Foto: Aldeia de Cima, Armamar

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Os dois espécimes vegetais em causa são medronheiros (Arbutus unedo), os maiores que conheço. Localizam-se numa propriedade privada, actualmente toda murada e de acesso por isso restrito. Todo o espaço é uma agradável surpresa. Contém, para além dos muitos medronheiros, diversas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas da nossa flora espontânea: castanheiros (Castanea sativa); pinheiros bravos (Pinus pinaster); cerejeiras bravas (Prunus avium); zimbros (Juniperus oxycedrus); carvalhos negrais (Quercus pyrenaica); estevas (Cistus ladanifer); giestas (Cytisus sp.); tojos (Ulex sp.); pilriteiros (Crataegus monogyna); abrunheiros bravos (Prunus spinosa); rosmaninhos (Lavandula stoechas) … O proprietário, pessoa informada, tem sabiamente gerido todo este património natural. Curiosamente, à data das fotografias, dava-se na mesma propriedade início à construção de uma moradia seguindo a tipologia e os métodos construtivos tradicionais locais. São dessa altura as fotografias abaixo expostas.
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Património natural, património construído… Duas paixões que se aliam no dia da árvore.
Rafael Carvalho / Mar2009

6 comentários:

Paulo J. Mendes disse...

A combinação perfeita!
O amor às árvores e o amor à arquitectura tradicional.
No estado em que o País se encontra, um exemplo tão louvável é o que se chama nadar contra a corrente.

Rafael Carvalho disse...

Se não olharmos por aquilo que é nosso, quem o fará?
Cumprimentos.

Júlia Galego disse...

Numa altura em que, por toda a parte (pelo menos aqui, em muitas terras do Sul) se vêem árvores decepadas por podas irracionais e outras abatidas em nome da "requalificação do espaço urbano", bem como casas descaracterizadas com a colocação de azulejos "tipo casa-de-banho" nas fachadas, consolam-nos estes exemplos. Só que não são tantos que possam influenciar o gosto...

Rafael Carvalho disse...

Júlia,
felizmente os bons exemplos também vão aparecendo...
Tenho alguma esperança que casos como este se possam multiplicar.
Cumprimentos.

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Caro Rafael,

Extraordinários medronheiros; é pena não se vislumbrar o topo do medronheiro da segunda fotografia, mas para o primeiro estimo uns 6 a 7 metros de altura (muito bom).

Se não se importar vou divulgá-los na "sombra verde".

Um abraço e continuação de boas descobertas.

Rafael Carvalho disse...

Caro Pedro,
tenho efectivamente consciência que os medronheiros da imagem são uns nobres senhores...
Considero um privilégio a divulgação da sua existência no excelente blogue "Sombra Verde", blogue que aliás diariamente acompanho.
Cumprimentos.