Para comemorar o dia da árvore exponho as duas fotografias seguintes, capturadas em Maio de 2006 em Aldeia-de-Cima, concelho de Armamar.
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Os dois espécimes vegetais em causa são medronheiros (Arbutus unedo), os maiores que conheço.
Localizam-se numa propriedade privada, actualmente toda murada e de acesso por isso restrito. Todo o espaço é uma agradável surpresa. Contém, para além dos muitos medronheiros, diversas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas da nossa flora espontânea: castanheiros (Castanea sativa); pinheiros bravos (Pinus pinaster); cerejeiras bravas (Prunus avium); zimbros (Juniperus oxycedrus); carvalhos negrais (Quercus pyrenaica); estevas (Cistus ladanifer); giestas (Cytisus sp.); tojos (Ulex sp.); pilriteiros (Crataegus monogyna); abrunheiros bravos (Prunus spinosa); rosmaninhos (Lavandula stoechas) …
O proprietário, pessoa informada, tem sabiamente gerido todo este património natural.
Curiosamente, à data das fotografias, dava-se na mesma propriedade início à construção de uma moradia seguindo a tipologia e os métodos construtivos tradicionais locais.
São dessa altura as fotografias abaixo expostas.
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Património natural, património construído…
Duas paixões que se aliam no dia da árvore.
Rafael Carvalho / Mar2009
6 comentários:
A combinação perfeita!
O amor às árvores e o amor à arquitectura tradicional.
No estado em que o País se encontra, um exemplo tão louvável é o que se chama nadar contra a corrente.
Se não olharmos por aquilo que é nosso, quem o fará?
Cumprimentos.
Numa altura em que, por toda a parte (pelo menos aqui, em muitas terras do Sul) se vêem árvores decepadas por podas irracionais e outras abatidas em nome da "requalificação do espaço urbano", bem como casas descaracterizadas com a colocação de azulejos "tipo casa-de-banho" nas fachadas, consolam-nos estes exemplos. Só que não são tantos que possam influenciar o gosto...
Júlia,
felizmente os bons exemplos também vão aparecendo...
Tenho alguma esperança que casos como este se possam multiplicar.
Cumprimentos.
Caro Rafael,
Extraordinários medronheiros; é pena não se vislumbrar o topo do medronheiro da segunda fotografia, mas para o primeiro estimo uns 6 a 7 metros de altura (muito bom).
Se não se importar vou divulgá-los na "sombra verde".
Um abraço e continuação de boas descobertas.
Caro Pedro,
tenho efectivamente consciência que os medronheiros da imagem são uns nobres senhores...
Considero um privilégio a divulgação da sua existência no excelente blogue "Sombra Verde", blogue que aliás diariamente acompanho.
Cumprimentos.
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