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A arquitectura tradicional duriense encerra em si uma grande diversidade. Diversidade de materiais (xisto, granito, cal, madeira, chapa, ardósia, tabique, ferro, vidro…), mas também diversidade cromática, inerente aos próprios materiais que usa ou induzida através da pintura.
A imagem que hoje apresento refere-se a uma habitação localizada em Lamego. Como em muitas das outras casas da região, usou o tabique como técnica construtiva. O frágil tabique apresenta-se neste caso revestido a soletos de ardósia. Os soletos protegem o tabique da água da chuva sendo contudo permeáveis ao vapor da água. Assim sabiamente se previne a humidade.
A propósito da diversidade cromática duriense, contemple-se a imagem e delicie-se o leitor com os soletos caiados em tons de rosa. Numa alusão a Raúl Lino, grande arquitecto português, digo que possuem uma “tonalidade que lembra o aspecto apetitoso dos alperces maduros”.
Rafael Carvalho / Abr2009
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