quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Argola

Foto: Santiago, Armamar + Ao percorrer as muitas aldeias durienses, sou seguido diversas vezes de perto pelos meus filhos Diogo e Catarina, de 8 e 9 anos respectivamente. Nessas incursões, tenho o cuidado de com eles conversar sobre o património invisível pelo qual vamos passando. Invisível porque mesmo passando por ele todos os dias, são efectivamente poucos aqueles que nele reparam. São exemplos desse património as aldrabas, batentes e puxadores de porta, fabricados pelos mestres ferreiros actualmente inactivos. Património invisível são certamente também as argolas ainda existentes que, uma vez chumbadas na parede, permitiam prender os animais quadrúpedes: gado muar, asinino, cavalar ou bovino. Pergunto eu durante quanto mais tempo haverá memória deste facto. Evidentemente não obtenho resposta.
Rafael Carvalho / Nov2009

2 comentários:

Armando disse...

A memória para quem esse património invisível foi algo de comum no dia-a-dia está a desaparecer todos os dias. Por isso é que se torna tão importante percorrer estes sítios e mostrar aos mais novos uma realidade que já não é a deles mas que deve fazer parte da sua identidade.

Rafael Carvalho disse...

Armando,
é efectivamente uma questão de identidade, uma luta para que as nossas raízes não sejam esquecidas...
Cumprimentos. Volte sempre.