sábado, 5 de dezembro de 2009

Chapa zincada – nobre material!!!...

Foto: Bairro do Castelo, Lamego
+ Rés-do-chão em pedra, primeiro andar em tabique, desta feita revestido a chapa garridamente pintada. Eis mais um exemplar “puro” da arquitectura vernácula alto-duriense. Durante muitos anos, a ardósia teve a exclusividade no revestimento de tabiques. A introdução da chapa para o mesmo fim, parece inicialmente não ter sido pacífica. A chapa, alvo a abater no passado, é hoje para mim, na Arquitectura D’Ouro, um dos mais nobres materiais.
Rafael Carvalho / Dez2009

6 comentários:

Paulo J. Mendes disse...

Estou completamente de acordo.
A prova disso é que mesmo quando o tabique é, infelizmente, destruído para se substituir por imitações em cimento e tijolo, a chapa permanece como revestimento final.

Rafael Carvalho disse...

Paulo,
obrigado pelo comentário.
Volte sempre.

Helder Lemos disse...

O primo pobre dos revestimentos típicos parisienses, nas mansardas de Cobre e Zinco.

Um material com bastante plasticidade e de óptima impermeabilização. E com pouquíssima manutenção.

Um outro revestimento, também usado na arquitectura vernacular passava, e digo passava, pela colocação de telhas na fachada. Outro óptimo impermeabilizante e com um dinamismo quase que barroco.
Ainda se encontram alguns bons exemplos na vila de Castro Daire.

Helder Lemos

Rafael Carvalho disse...

Helder,
Reboco a cal puro e simples, soletos de ardósia, chapa zincada, telha de canudo ou marselha, são efectivamente as soluções de revestimento de tabique mais frequentes.
Curiosamente em Castro Daire, para além das soluções acima descritas, conheço casos de aplicação de chapas planas de fibrocimento revestindo tabiques!
Cumprimentos. Volte sempre.

J.G. disse...

Não conheço Lamego. Passei por lá há muitos anos mas não cheguei a entrar na cidade.
Esta é uma casa muito interessante, mas lá como cá, os inestéticos cabos serpenteiam pela fachada. Neste caso, até apetece perguntar porque motivo dão aquelas voltas todas.
Cumprimentos aqui do sul num dia de chuva.

Rafael Carvalho disse...

Júlia,
quando um dia passar por Lamego, pare que não se arrepende. A cidade merece uma visita.
Quanto aos cabos, verdadeira praga, concordo perfeitamente consigo.
Cumprimentos.