sábado, 7 de julho de 2012

Choços em Figueira de Castelo Rodrigo


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As construções da imagem localizam-se algures entre Figueira de Castelo Rodrigo e Barca d’Alva.
Com um telhado cerâmico de duas águas, a construção que surge em segundo plano é, mais água menos água, semelhante a tantas outras que pululam pelo interior norte do país.
Já a construção que surge em primeiro plano, designada na zona por choço ou forno é uma preciosidade local.
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De planta circular ou quadrangular, choços ou fornos são construções primitivas, com paredes de alvenaria de pedra cuja cobertura é feita combinando lajes graníticas e terra. São muito comuns na “Terra Quente” e Arribas. Servem de anexo, armazém agrícola ou como casota de proteção contra a intempérie aos proprietários agricultores ou pastores. São construídos algumas vezes sobre os afloramentos rochosos, deixando disponível o solo para a agricultura. 
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A última imagem refere-se à visão que do interior da construção se tem da cúpula. A pedra surge enegrecida pelos fungos. 
Rafael Carvalho / jul2012

4 comentários:

Júlia Galego disse...

Muito interessante esta construção.
Como provavelmente deve ter verificado, aqui, no Nordeste Alentejano, sobretudo nos concelhos de Marvão e Castelo de Vide, o feminino de choço, a choça, é sempre circular e coberta de matéria vegetal (giesta ou piorno), formando um cone. Quanto à função, chegaram a servir de habitação para as pessoas. O equivalente funcional ao choço era o chafurdão.
Cumprimentos

Rafael Carvalho disse...

Ora Júlia,
efetivamente quando vi esta construção, lembrei-me de algumas construções primitivas cujas imagens foram publicadas no seu blogue.
Cumprimentos.

Júlia Galego disse...

Tentei deixar este comentário no seu outro blogue (Jardim Autóctone) mas não sei o que se passa porque não consigo ver as palavras de verificação do comentário. Assim, fica aqui.
Aproveitando alguns momentos de menos ocupação, revi os meus "marcadores" e dei comigo a passear no seu jardim. Apreciei sobretudo o charco, mas também as plantas autóctones que o vão preenchendo.
Gosto muito de plantas e a minha maior tristeza é ter uma casa enorme mas sem um quintal digno desse nome. Consequências de uma terra de fronteira em que todos os espaços foram ocupados por construção... mesmo em altura.
Cumprimentos

Rafael Carvalho disse...

Júlia,
algo de estranho se terá passado. Em ambos os blogues não possuo palavras de verificação nos comentários!
Quanto ao meu jardim, vai sendo constuído à medida do meu tempo. Felizmente as finanças não são para aqui chamadas. As plantas autóctones saiem para mim a custo zero: uma ida ao monte, um mergulho no rio, ...