(Cique sobre a imagem para a ampliar)
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Há alguns dias atrás recomendei neste blogue a consulta a um outro, “Postalguarelas” de seu nome.
É lá precisamente que hoje volto, a propósito da aguarela que ilustra este post, aí pedida de empréstimo.
Quem com sabedoria pinta, consegue o que hoje é cada vez mais difícil captar com a máquina fotográfica: conjuntos arquitectónicos livres de elementos dissonantes – materiais inadequadamente aplicados, cabos e mais cabos, antenas de televisão, postes eléctricos, …
A presente aguarela mexe com o meu imaginário, fixando o que de mais belo ainda existe nalgumas povoações durienses. Desde logo as pessoas, que na sua lida diária ainda conseguem arranjar tempo para conversar. Nas habitações, ao nível do último andar, lá está o omnipresente tabique vestido ou não com soletos de ardósia. Igualmente a ardósia são vestidas algumas chaminés. A imagem também ilustra a forma engenhosa como, prolongando para o exterior os barrotes do soalho, o homem do Douro conseguiu ampliar a área das habitações criando varandas ou alargando divisões. A diversidade cromática também salta à vista: brancos e negros mas também verdes, ocres, castanhos, vermelhos, …
A maioria das povoações durienses crescem em torno de linhas de água, e aí está a ponte que deu o nome à aguarela.
Rafael Carvalho / Nov2008
2 comentários:
Passei há anos pelos Douro, mas numa viagem pouco atenta aos pormenores.
Estas imagens captadas por um pintor são muito impressivas. E, como muito bem diz, ressaltam os elementos fundamentais das casas e da paisagem.
Mas as suas fotos também nos dão a conhecer imagens muito interessantes do Douro.
Cumprimentos e boa semana
Como se costuma dizer, mais vale uma imagem que mil palavras...
Relativamente a imagens interessantes, o sentimento é recíproco. "Entre Tejo e Odiana", mais a Sul, tem contribuído para alargar os meus horizontes no que respeita àquilo que o nosso país e o nosso povo têm de melhor.
Cumprimentos.
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