quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Varanda envidraçada em Leomil

Foto: Leomil, Mta. da Beira A varanda envidraçada da imagem localiza-se em pleno centro de Leomil, concelho de Moimenta da Beira. Constituindo um prolongamento da casa para o exterior, a varanda esbate a fronteira entre o arruamento público e o lar privado. A chapa que reveste esta e muitas outras varandas protege das intempéries a estrutura de madeira que lhe serve de suporte. As escoras metálicas contribuem para firmar o equilíbrio gravítico. Como se de uma guarita se trate, a posição elevada da varanda e a presença de vidraças em todo o seu perímetro exterior permite ao proprietário dominar visualmente toda a rua.
Rafael Carvalho / Dez2008

domingo, 28 de dezembro de 2008

«Arquitectura Popular Portuguesa» em Selo -13/20

Casa Ribatejana – Selo 13 de 20 + A Arquitectura Popular está directamente ligada ao meio ambiente e assim, também em Portugal, de região para região se podem apontar características arquitectónicas específicas.
+
Desenhado por José Luís Tinoco, este selo posto a circular a 15 de Março de 1988 retrata uma CASA RIBATEJANA. As casas ribatejanas têm a característica comum de se apresentarem caiadas de branco com barras ocre, azul ou verde.
Rafael Carvalho / Ago2008

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Candal - um presépio de xisto

Foto: Candal, Lousã + Natal de 2007 / Natal de 2008 – Arquitectura D’Ouro, um ano de vida… + Um ano após a minha primeira postagem, presenteio quem me visita com uma imagem de Candal, verdadeira aldeia-presépio na serra da Lousã. A fotografia foi por mim captada na Primavera deste ano, aquando da minha visita às Aldeias do Xisto, um projecto de excelência distinguido na categoria de “Melhor Viagem de Descoberta” pela prestigiada revista alemã Geo Saison. +
Para saber mais sobre Candal e o projecto das Aldeias do Xisto, clique aqui.
Rafael Carvalho / Dez2008

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Gelosia

Foto: Godim, Peso da Régua Gelosia – "Grade de fasquias de madeira, cruzadas intervaladamente, no vão de uma janela."
Rafael Carvalho / Dez2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

Quando as aparências iludem…

Foto: Sto. Adrião, Armamar Curiosamente ninguém começa a casa pelo telhado. Porém, um olhar atento permite verificar que a data epigrafada na padieira da janela do primeiro andar (1785) é anterior à data inserida sobre a porta do rés-do-chão (1949)! Contra-senso? Talvez não! Várias poderão ser as hipóteses explicativas: 1ª hipótese - a padieira da janela poderá resultar da reutilização de materiais, aspecto em que as construções vernáculas são pródigas. A casa teria pois sido construída em 1949, com materiais de 1785; 2ª hipótese - A data inscrita no rés-do-chão respeita à reconstrução em 1949 da casa cuja construção remonta a 1785. (…) Aceitam-se outras justificações.
Rafael Carvalho / Abr2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Arquitectura vernácula em Santo Adrião

Foto: Santo Adrião, Armamar
Mais um exemplar da arquitectura de tabique, desta feita localizado em Santo Adrião, Armamar. No espécime da figura, um verdadeiro mimo da Arquitectura D'Ouro, nada falta: · loja em pedra com poucas aberturas (postigo e porta); · andar em tabique rebocado; · varanda assente nos barrotes do primeiro piso, coberta pelo prolongamento do telhado; · guarnições e arestas em madeira garridamente pintadas; · janela de guilhotina com portada interior. Localizada a escassos quilómetros do Douro – Património da Humanidade, Santo Adrião é actualmente uma povoação deprimida, marcada pelo êxodo rural e pelo abandono. É possível contudo imaginar que tenha tido um passado bastante diferente, pelos belos exemplares da arquitectura vernácula que ainda possui, alguns deles infelizmente em avançado estado de degradação. Para a salvaguarda deste vasto e precioso património, ideias precisam-se…
Rafael Carvalho / Dez2008

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quem não tem cão, caça com gato…

Foto: Canelas, Arouca Nas redondezas não há granito?! O povo resolve! Façam-se em xisto os cunhais, ombreiras, padieiras e soleiras …
Rafael Carvalho / Dez2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Empresas com tradição (II)

+
«Quando há uns anos, recém-chegada ao Alentejo, me perguntaram quando ía começar a projectar, respondi espontânea e inconscientemente que precisava primeiro de “sentir”, “sem limite temporal”, o sítio, as pessoas, o seu modo de vida e a sua arquitectura, e só depois o estaria apta a fazer. O confronto com a construção em terra já tinha acontecido portanto e talvez por isso aquela minha atitude tão convicta. A adesão a construir em terra passa acima de tudo e primeiramente por uma experiência real e concreta com a mesma. Aí somos transportados para “espaços intemporais” e entramos numa outra dimensão. Depois, a emoção e o sentir profundo que vem desta experiência, trata do resto.»
Graça Jalles

+

Para os possíveis interessados nestas questões da arquitectura de terra, taipa no caso, recomendo uma visita ao sítio http://www.arquitecturadeterra.com/pt.html onde, revelando uma imensa sensibilidade, Graça Jalles e Henrique Schreck nos apresentam alguns projectos.

Rafael Carvalho / Dez2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

«Arquitectura Popular Portuguesa» em Selo -12/20

Casas da Estremadura Sul e Alentejo – Selo 12 de 20 Estremoz - 1987.05.02 - Postal-Máximo obtido aqui +
+ A Arquitectura Popular está directamente ligada ao meio ambiente e assim, também em Portugal, de região para região se podem apontar características arquitectónicas específicas.
+
Desenhado por José Luís Tinoco, este selo posto a circular a 6 de Março de 1987 retrata CASAS da ESTREMADURA SUL e ALENTEJO. De grande simplicidade, são de um só piso, tendo em conta a fragilidade das construções feitas em madeira, barro, terra, greda e palha, materiais transformados em tijolo. As paredes são espessas e com poucas aberturas que as tornariam mais frágeis.
Rafael Carvalho / Dez2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Arquitectura popular em Lazarim

Foto: Lazarim, Lamego + “Tradição é tudo o que uma geração herda das suas precedentes e lega às seguintesIn www.ruadatradicao.blogspot.com
+ O edifício da imagem constitui o que designo por verdadeira pérola da arquitectura vernácula alto-duriense.
Esta construção localizada em Lazarim, terra de caretos, reúne o que a arquitectura do Alto-Douro tem de singular. Casamento perfeito, à rudeza da pedra junta-se, no sobrado, a delicadeza do tabique.
Rafael Carvalho / Dez2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Tabique suspenso em Goujoim

Foto: Goujoim - Armamar O pormenor da imagem pertence a uma casa localizada em Goujoim, concelho de Armamar. Excentricidade? Talvez não! A arquitectura vernácula do vale do Douro possuía muitos e bons exemplos como o exposto. Muitos dos que ainda resistem, tal como este, já não estão em bom estado de conservação. A leveza da construção em tabique (uma das técnicas da arquitectura de terra), o prolongamento para o exterior dos barrotes do soalho, uma ou outra escora metálica e um pouco de imaginação permitiram ao duriense durante séculos desafiar a lei da gravidade. Curioso no belo exemplar acima exposto é o recurso a telhas cerâmicas como material de revestimento do frágil tabique. Não sendo propriamente caso único, é efectivamente muito mais frequente para esse fim o recurso a soletos de ardósia ou mesmo à chapa de zincada. Embora moribundo, aprecie-se a imagem. Em vias de extinção, este é um dos últimos exemplares da sua espécie.
Rafael Carvalho / Dez2008