sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Aldeias de Xisto - Cata-vento em Aigra Velha

Foto: Aigra Velha, Góis
+
Localizado na Aldeia de Xisto de Aigra Velha, Município de Góis, o cata-vento da imagem, verdadeiro espanta-pardais, espelha a simplicidade dos seus habitantes, mestres no reaproveitamento de materiais. Um cabo de vassoura facilmente se converte em eixo. Um velho pedaço de chapa dá vida à hélice e ao leme, elementos indispensáveis ao funcionamento do cata-vento. Como cata-vento sem tac-tac não é cata-vento, um velho alguidar de esmalte foi convertido em caixa de ressonância. Sabedora e ecológica essa, a arte popular…
Rafael Carvalho / Jan2008 Para saber mais sobre as Aldeias de Xisto, clique aqui.

8 comentários:

Paulo J. Mendes disse...

Uma verdadeira e engenhosa maravilha!
Bom fim-de-semana.

Rafael Carvalho disse...

Paulo:
É só, em miniatura, uma simples "flor de ferro"!...
Um Abraço

Júlia Galego disse...

Adorei esta engenhoca, verdadeiro prodígio da imaginação de quem o fez.
Bom fim de semana

Rafael Carvalho disse...

Obrigado pelo comentário Júlia.
Bom Domingo!

Anónimo disse...

Recordo-me de ter ajudado o meu pai a construir e instalar alguns destes engenhos. A passarada era cada vez mais a atacar as figueiras e ameixoeiras, e era preciso espantá-la. Não que não se habituassem. Ao fim de certo tempo, pegas e gaios pousavam tranquilamente em cima dos cataventos, enquanto devoravam a fruta. Entretanto, a floresta avançou sobre alqueives e hortas. Mas também não durou muito tempo. Veio o fogo e queimou tudo. Agora, um matagal impenetrável de tojo tomou conta do vale (na bacia da Ribeira de Eiras, concelho de Gavião, dando vistas para Mação).

camionista

Rafael Carvalho disse...

Caro camionista:
Os cata-ventos também fazem parte das minhas recordações de infância, numa altura em que esse tipo de engenhocas, peças únicas, possuíam um encanto muito especial.
O abandono da bacia da Ribeira de Eiras, que relata, constitui uma lamentável perda.
Obrigado pela partilha. Volte sempre.

Alexandra Claro disse...

ola...deliciei-me com a imagem e comentarios. Chamo-me Alexandra e sou da Aigra-Velha. Nunca fiz nenhum cata-vento com o meu pai, mas fizemos, sim, imensas ventoinhas...pequenas... utilizavamos as capas de milho bem secas, uns pequenos cortes aqui e ali e giravam, com o vento, a 100 à hora. Tal como giram tantos dos nossos dias. Obrigada por me fazerem sentir um pouco mais perto de casa. Abraço, Alexandra Claro...Aveiro,26Abril2009

Rafael Carvalho disse...

Alexandra,
obrigado pelo comentário.
Fico contente pelo facto da minha mensagem lhe ter trazido boas recordações.
Cumprimentos.
Volte sempre.