domingo, 14 de junho de 2009

Almeida quer ser património da UNESCO

Foto obtida aqui +
"A vila fortificada de Almeida, que fica situada no distrito da Guarda, integra uma candidatura luso-espanhola a património da UNESCO das fortificações abaluartadas de fronteira, juntamente com os municípios de Estremoz, Marvão, Elvas e Valença e os ayuntamientos espanhóis de Olivença, Badajoz e Ciudad Rodrigo. “O processo está bem encaminhado e foi acarinhado ao mais alto nível”, adianta Baptista Ribeiro, autarca almeidense, aludindo ao patrocínio dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Cultura. De resto, este dossier já está agendado para a próxima cimeira Luso-Espanhola, que deverá decorrer em Dezembro próximo, em Elvas. “Será uma candidatura para a vila, para a região e para o país”, considera o edil, que não dúvida de um desfecho favorável. “É um passo extraordinário para Almeida e para o seu património serem conhecidos a nível mundial”, acrescenta, esperando que isso contribua para atrair mais turistas à antiga praça-forte raiana, que viveu um cerco trágico durante a Terceira Invasão Francesa, em 1810, antes da Batalha do Buçaco. Para sustentar a candidatura, o município criou o Centro de Estudos de Arquitectura Militar e promove anualmente a recriação do cerco pelas tropas francesas de Junot. Outro argumento de peso é o facto de Almeida estar classificada como Aldeia Histórica desde 1993, devido ao bom estado de conservação da “estrela de pedra” que protege a vila. “Vamos agora elaborar um plano estratégico para começar a ser alavancado e acarinhado por todos os agentes locais, que também terão de contribuir para que esta candidatura dê os seus frutos”, refere Baptista Ribeiro."

2 comentários:

Júlia Galego disse...

É uma iniciativa que venho acompanhando pelas notícias que chegam de Elvas, onde se tem trabalhado para conseguir o reconhecimento do valor das muralhas erguidas no século XVII. Também em Olivença os responsáveis têm feito um trabalho notável de recuperação do património, quer no que respeita ao que resta da fortaleza medieval, quer das muralhas seiscentistas. Aliás, todo o casco urbano mais antigo tem sido cuidado e preservado. Digo-lhe já que tenho uma grande admiração pelo que os oliventinos têm feito pela cidade, sobretudo o alcalde que durante bastantes anos esteve à frente do Ayuntamiento e defendeu a diferença e a especificidade desta antiga vila portuguesa, de cuja herança eles cuidam com o maior develo.
Só é pena que o outro vértice do triângulo que defendia o corredor do Caia esteja num estado lastimável. Em Campo Maior, as muralhas vão caindo ou sendo destruídas. São opções do poder autárquico que temos...
Tenho acompanhado os seus posts, embora sem comentar. A descrição da mata mediterrânea é fantástica e uma beleza a foto da ferrugem que vai pintando a frontaria da casa.
Boa semana
Cumprimentos

Rafael Carvalho disse...

Património construído, património natural, património...

Júlia,
é para mim um grande prazer partilhar com os outros aquilo de que mais gosto.
Retribuo os votos de boa semana.
Volte sempre.