sábado, 26 de dezembro de 2009

Leomil – pérola arquitectónica por terras da Beira

Figura 1 – habitação serrana
+ Localizada no sopé da homónima serra, Leomil, concelho de Moimenta da Beira, é terra de latoeiros. Bem junto de um majestoso pelourinho, um dos maiores que conheço, esta povoação possui um belo e arborizado largo. A ocupação humana na zona é milenar, como atestam as diversas antas dispersas na serra. Também por aqui passaram muçulmanos e Godos. Leomil encanta sobretudo pela diversidade arquitectónica que encerra. Edifícios de feição popular (figuras 1 e 3), coabitam com outros de cariz erudito (figura 2). Em Leomil encontram-se as casas solarengas dos Bandeiras, Mergulhões, Coutinhos, Sarmentos e Balsemões.
Figura 2 – solar
+ Leomil estabelece a ponte entre dois mundos - Serra e Douro. Casas rudes (figura 1) construídas com paredes que usam exclusivamente junta seca, sem qualquer argamassa, lado a lado com o mais fino exemplar da arquitectura do tabique (figura 3). Nova156 - HPIM5394a
Figura 3 – habitação que recorre ao tabique
+ Leomil – pérola arquitectónica? Sem dúvida! Ponto de encontro de diferentes culturas, merece a visita de quem, tal como eu, se preocupa com estas coisas do património. Património construído mas também património natural. Bem perto de Leomil é possível observar, sentir e tactear o monumental castanheiro de Beira Valente. Na serra de Leomil o amante da natureza ainda consegue ouvir o uivo do Lobo Ibérico, limite sul da sua distribuição. Quem deseje pernoitar em Leomil, tem ao seu dispor os “Moinhos da Tia Antoninha”, excelente empreendimento de turismo no espaço rural.
Rafael Carvalho / Nov2008

3 comentários:

J.G. disse...

Belas imagens! Fiquei com imensa vontade de conhecer Leomil.
Aproveito para lhe dar os parabéns pelos dois aninhos! Espero que continue por muitos anos a dar-nos a conhecer as belezas D'Ouro.
É esquisito iniciar blogues a 25 e 26 de Dezembro...
Cumprimentos

Rafael Carvalho disse...

Júlia,
Leomil tem muitas surpresas...
Curiosamente ninguém lhe liga!
Infelizmente nem todas as pessoas têm olhos que permitam apreciar estas belezas...
Cumprimentos.

Dalila De Melo disse...

Encontro nestas fotographias, ruas que me viram crescer.

A primeira, as minhas caminhadas pelo caminho da tapada com as ovelhas do meu avo...
a segunda o largo Sao Antonio, a jogar as escondidas com os rapazes do bairo...
a treceira, rua 31 de Janeiro, rua onde cresci, até se pode ver no lado esquerdo as escadas da minha casinha =).

Lindas fotos que representam muito bem esta villa tan bonita e tan importante para mim.