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Ainda às voltas com os espigueiros, segue-se mais um.
Localiza-se este em terras da Beira Alta, num ambiente geográfico bastante diferente dos dois anteriores (confirmar aqui e aqui).
Assente em sete pares de pilares, este exemplar é um dos maiores da região, onde aliás os espigueiros já são raros.
O espécime possui planta rectangular. A sua geometria (largura da fachada muito inferior à profundidade), facilita a circulação do ar, mantendo as espigas em bom estado sanitário.
A fotografia foi capturada no Verão passado. Curiosamente, mesmo ao lado do espigueiro estão os pés-de-milho cujas espigas o irão alimentar.
Construída com lajes de granito, da imagem salta ainda à vista a robusta eira.
Rafael Carvalho / Mai2009
2 comentários:
Uma beleza estes três espigueiros, imponente o último. Achei muito interessante o facto de ainda serem construídos, como é o caso do penúltimo. Julgava que apenas persistiam os antigos.
Enquanto existir a pequena agricultura familiar é provável que estas estruturas consigam permanecer, cumprindo a sua função. Parecia que a evolução da agricultura, no sentido do desaparecimento da pequena exploração, iria determinar o desaparecimento destas heranças do passado. Mas a crise veio baralhar tudo...
Cumprimentos
Júlia,
hoje certamente os espigueiros não serão tão abundantes como antigamente. Contudo, vão-se mantendo alguns e mesmo construindo outros.
O penúltimo espigueiro foi construído nos moldes tradicionais da região em que se insere. O respeito pela tradição é visível não só nos métodos construtivos, como também nos próprios materiais usados.
Conheço exemplos de espigueiros recentemente construídos que recorreram a novos materiais (tijolo perfurado, rede, cimento, ...). Não duvidando da sua eficácia, perderam contudo um pouco da sua alma.
Saudações para o Sul.
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